Mundo ficciónIniciar sesiónEnquanto as três crianças discutiam fervorosamente o plano de ataque, Luana se aproximou rapidamente:
- Então vocês estão aqui. Estava procurando por vocês há séculos.
Ao ouvirem a voz da mãe, os três mudaram de postura instantaneamente, voltando a exibir rostos inocentes e angelicais.
- Mamãe, podemos ir para casa agora? Estou com muita fome - disse Mia com uma vozinha triste, esfregando sua barriguinha.
Luana olhou para a pequena com uma expressão de desamparo e ternura:- Pronto, tudo comprado. Vamos para casa jantar!
- Eba! - Mia bateu palmas alegremente.
Ao ver a cena, Luca não pôde deixar de provocar:
- Mia, você é uma menina, deveria se cuidar melhor . Daqui a pouco vai parecer uma bolinha, e todos os príncipes dos seus contos de fada vão sair correndo de susto.-
Ai, seu Luca fedorento! Não falo mais com você!
- Mia virou o rosto, indignada.
Ela queria comidas deliciosas E um príncipe encantado, ora essa!
- Muito bem, vamos depressa, o motorista já está esperando - insistiu Luana.
Ela desejava desesperadamente sair daquele shopping.
O medo de encontrar Alessandro novamente acelerava seu coração.
Se ele visse seus três tesouros, o segredo que ela guardou por seis anos estaria em sério risco.
A Mansão das Rosas era uma das áreas residenciais mais exclusivas da capital, um refúgio de luxo para os extremamente ricos e poderosos.
Quando o carro parou diante da imponente casa branca em estilo europeu, Luana sentiu um alívio.
"Meu irmão realmente tem um gosto excelente", pensou ela.
Após ajudarem a governanta, Tia Maria, a levar as compras para dentro, Luana deu as ordens:
- Vocês três, subam primeiro. Tomem um banho e desçam para jantar mais tarde.
No entanto, assim que a porta do quarto se fechou:
- Rápido, Mateo! Pegue o computador! - Luca exclamou, trancando a porta com um clique seco.
- Precisamos dar uma lição naquele cara agora mesmo!
Mateo sentou-se diante de seu notebook de alta performance. Sua expressão infantil deu lugar a um olhar penetrante e focado. Em segundos, seus dedos pequenos voavam sobre o teclado, e linhas complexas de código começaram a cascatear pela tela em uma velocidade sobre-humana.
Luca e Mia observavam hipnotizados.
Mateo sorriu de lado, um brilho astuto nos olhos. - Muito bem. Já que é o nosso primeiro "encontro" com o papai, vamos dar um presente inesquecível para ele!Edifício Empire State - Sede do Grupo Amplitude Alessandro acabara de retornar ao escritório para revisar um contrato multibilionário.
No momento em que ele abriu seu e-mail corporativo... estalo!
A tela do computador ficou completamente preta.
Alessandro franziu a testa, incrédulo.
Sacudiu o mouse, testou comandos, mas não houve resposta.
O Grupo Amplitude possuía a infraestrutura tecnológica mais avançada do mundo.
Uma pane daquelas era impossível.Antes que pudesse chamar o suporte, seu assistente, Bernardo, entrou na sala em pânico:- Sr. Alessandro!
Todos os computadores da empresa foram invadidos!
O sistema inteiro está paralisado!
Os olhos frios de Alessandro se arregalaram.- Um ataque hacker?
Onde está a equipe de engenharia? Ele saiu a passos largos em direção ao centro de operações. Lá, os melhores técnicos do país suavam frio, lutando contra o invasor.
O hacker parecia estar brincando com eles, vencendo cada barreira com uma facilidade humilhante.
De repente, uma imagem surgiu em todas as telas da empresa simultaneamente: uma tartaruga branca animada, carregando uma bandeira onde se lia em letras garrafais: "ESCÓRIA!"
.Alessandro sentiu as veias de sua testa saltarem.
- Onde está o Eduardo? - rugiu ele.
Eduardo, o gênio da segurança cibernética da família Veronese, levantou as mãos, derrotado.
- Sr. Alessandro... esse hacker é rápido demais. Eu não consigo nem rastrear a origem.
Ele está nos ridicularizando.
Alessandro não esperou mais. Voltou para seu escritório e sentou-se diante de sua máquina.
A tartaruga na tela parecia rir dele, e a palavra "CANALHA" agora piscava em vermelho neon.
- Não importa quem você seja, eu vou te encontrar hoje - murmurou ele, com os dedos posicionados no teclado.
Alessandro começou a contra-atacar. Linhas de código brilhavam freneticamente. Estranhamente, a outra parte parou de lutar e começou a "conduzi-lo" para dentro do sistema.
No momento em que ele estava prestes a romper o último firewall, uma mensagem de texto surgiu na tela:
> "Canalha! Ele abandonou a família!"> "Que idiota! Sempre descarta o velho pelo novo!"> Alessandro parou, perplexo.
Do que aquele hacker estava falando?
Teria ele atacado a empresa errada?
- Quem é você? - digitou Alessandro no terminal.
A resposta nunca veio. No segundo seguinte, o sistema voltou ao normal instantaneamente, como se nada tivesse acontecido.
Alessandro caminhou até a janela panorâmica, observando as luzes da cidade.
Sua aura era tão fria que Bernardo, ao entrar na sala, sentiu um arrepio.
- Sr. Alessandro... - começou o assistente, hesitante.
Alessandro não ouviu.
Ele estava imerso em pensamentos.
"Abandonar a família? Canalha?".
Ele estava solteiro desde o divórcio com Luana e nunca mais se envolveu seriamente com ninguém além do compromisso moral com Camila
."Não faz sentido", pensou ele.
"Eu não tenho uma família para abandonar... ou tenho?"






