Capítulo 5

Enquanto as três crianças discutiam fervorosamente o plano de ataque, Luana se aproximou rapidamente:

- Então vocês estão aqui. Estava procurando por vocês há séculos.

Ao ouvirem a voz da mãe, os três mudaram de postura instantaneamente, voltando a exibir rostos inocentes e angelicais.

- Mamãe, podemos ir para casa agora? Estou com muita fome - disse Mia com uma vozinha triste, esfregando sua barriguinha.

Luana olhou para a pequena com uma expressão de desamparo e ternura:- Pronto, tudo comprado. Vamos para casa jantar!

- Eba! - Mia bateu palmas alegremente.

Ao ver a cena, Luca não pôde deixar de provocar:

- Mia, você é uma menina, deveria se  cuidar melhor . Daqui a pouco vai parecer uma bolinha, e todos os príncipes dos seus contos de fada vão sair correndo de susto.-

 Ai, seu Luca fedorento! Não falo mais com você!

 - Mia virou o rosto, indignada. 

Ela queria comidas deliciosas E um príncipe encantado, ora essa!

- Muito bem, vamos depressa, o motorista já está esperando - insistiu Luana.

Ela desejava desesperadamente sair daquele shopping. 

O medo de encontrar Alessandro novamente acelerava seu coração. 

Se ele visse seus três tesouros, o segredo que ela guardou por seis anos estaria em sério risco.

A Mansão das Rosas era uma das áreas residenciais mais exclusivas da capital, um refúgio de luxo para os extremamente ricos e poderosos. 

Quando o carro parou diante da imponente casa branca em estilo europeu, Luana sentiu um alívio. 

"Meu irmão realmente tem um gosto excelente", pensou ela.

Após ajudarem a governanta, Tia Maria, a levar as compras para dentro, Luana deu as ordens:

- Vocês três, subam primeiro. Tomem um banho e desçam para jantar mais tarde.

No entanto, assim que a porta do quarto se fechou:

- Rápido, Mateo! Pegue o computador! - Luca exclamou, trancando a porta com um clique seco.

 - Precisamos dar uma lição naquele cara agora mesmo!

Mateo sentou-se diante de seu notebook de alta performance. Sua expressão infantil deu lugar a um olhar penetrante e focado. Em segundos, seus dedos pequenos voavam sobre o teclado, e linhas complexas de código começaram a cascatear pela tela em uma velocidade sobre-humana.

Luca e Mia observavam hipnotizados.

 Mateo sorriu de lado, um brilho astuto nos olhos.

- Muito bem. Já que é o nosso primeiro "encontro" com o papai, vamos dar um presente inesquecível para ele!

Edifício Empire State - Sede do Grupo  Amplitude Alessandro acabara de retornar ao escritório para revisar um contrato multibilionário. 

No momento em que ele abriu seu e-mail corporativo... estalo!

A tela do computador ficou completamente preta.

Alessandro franziu a testa, incrédulo. 

Sacudiu o mouse, testou comandos, mas não houve resposta.

 O Grupo Amplitude possuía a infraestrutura tecnológica mais avançada do mundo.

 Uma pane daquelas era impossível.

Antes que pudesse chamar o suporte, seu assistente, Bernardo, entrou na sala em pânico:- Sr. Alessandro! 

Todos os computadores da empresa foram invadidos!

 O sistema inteiro está paralisado!

Os olhos frios de Alessandro se arregalaram.- Um ataque hacker? 

Onde está a equipe de engenharia? Ele saiu a passos largos em direção ao centro de operações. Lá, os melhores técnicos do país suavam frio, lutando contra o invasor.

 O hacker parecia estar brincando com eles, vencendo cada barreira com uma facilidade humilhante.

De repente, uma imagem surgiu em todas as telas da empresa simultaneamente: uma tartaruga branca animada, carregando uma bandeira onde se lia em letras garrafais: "ESCÓRIA!"

.Alessandro sentiu as veias de sua testa saltarem.

- Onde está o Eduardo? - rugiu ele.

Eduardo, o gênio da segurança cibernética da família Veronese, levantou as mãos, derrotado.

- Sr. Alessandro... esse hacker é rápido demais. Eu não consigo nem rastrear a origem. 

Ele está nos ridicularizando.

Alessandro não esperou mais. Voltou para seu escritório e sentou-se diante de sua máquina. 

A tartaruga na tela parecia rir dele, e a palavra "CANALHA" agora piscava em vermelho neon.

- Não importa quem você seja, eu vou te encontrar hoje - murmurou ele, com os dedos posicionados no teclado.

Alessandro começou a contra-atacar. Linhas de código brilhavam freneticamente. Estranhamente, a outra parte parou de lutar e começou a "conduzi-lo" para dentro do sistema. 

No momento em que ele estava prestes a romper o último firewall, uma mensagem de texto surgiu na tela:

> "Canalha! Ele abandonou a família!"> "Que idiota! Sempre descarta o velho pelo novo!"> Alessandro parou, perplexo. 

Do que aquele hacker estava falando? 

Teria ele atacado a empresa errada?

- Quem é você? - digitou Alessandro no terminal.

A resposta nunca veio. No segundo seguinte, o sistema voltou ao normal instantaneamente, como se nada tivesse acontecido.

Alessandro caminhou até a janela panorâmica, observando as luzes da cidade.

 Sua aura era tão fria que Bernardo, ao entrar na sala, sentiu um arrepio.

- Sr. Alessandro... - começou o assistente, hesitante.

Alessandro não ouviu. 

Ele estava imerso em pensamentos. 

"Abandonar a família? Canalha?". 

Ele estava solteiro desde o divórcio com Luana e nunca mais se envolveu seriamente com ninguém além do compromisso moral com Camila

."Não faz sentido", pensou ele. 

"Eu não tenho uma família para abandonar... ou tenho?"

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