Quando decidi pedir Isa em casamento, eu sabia que aquele gesto era mais do que amor — era reconhecimento, era acolhimento, era a aceitação de tudo o que ela representava em nossas vidas. O que eu não esperava era o quanto isso mexeria comigo, dia após dia, desde que ela disse sim.
Não foi como da primeira vez. Quando me casei com Helena, éramos dois jovens apaixonados, cheios de sonhos e planos em construção. A celebração foi linda, grandiosa, mas carregada da urgência típica da juventude. Com Isa... tudo parecia diferente. Mais lento, mais consciente. Mais profundo. E ao mesmo tempo, infinitamente mais leve.
Estávamos sentados juntos no jardim da casa, com papéis espalhados pela mesinha de madeira — fotos de lugares, orçamentos, croquis simples desenhados por Isa num guardanapo. O sol filtrava pelas folhas das árvores e Giulia, com os cabelos presos num rabo bagunçado, corria pelo gramado com Maria atrás dela, as duas rindo enquanto sopravam bolhas de sabão. Era difícil acreditar que