O sol estava começando a se esconder atrás das árvores no quintal, tingindo tudo com um tom suave de laranja. Eu estava deitado na grama, de costas, olhando para o céu. Giulia estava em cima de mim, brincando com as borboletas que tinham começado a aparecer naquelas últimas tardes quentes. O vento fresco fazia seus cabelos dançarem enquanto ela tentava pegá-las com as mãos pequenas e rápidas.
A risada dela era o som mais puro e leve que eu já ouvi. Eu a observava, extasiado, com o coração cheio de gratidão por tê-la ao meu lado, com vida, com alegria. Depois de tudo que passamos, as quedas, os medos, as incertezas, ela estava ali, feliz, saudável. A imagem dela correndo atrás das borboletas no jardim era uma vitória silenciosa. Uma vitória que significava mais do que palavras poderiam expressar.
Ela caiu ao meu lado, se encostando no meu peito, ainda com os olhos fixos nas borboletas.
— Papai, você vai casar com a Isa? — ela perguntou de repente, como quem não espera uma resposta.
Eu