Meus joelhos ainda tremiam quando deixamos a sala do tribunal. Eu não conseguia entender por que chorava tanto, já que minha mente ainda era um quebra-cabeça incompleto, mas o coração… o coração parecia saber que uma batalha havia sido vencida.
Noah me puxou para o canto do corredor e me abraçou forte, como se o mundo pudesse ruir e, mesmo assim, nada fosse me tocar enquanto estivesse em seus braços. Senti o calor do corpo dele, a respiração acelerada contra o meu cabelo e, por um momento, só fechei os olhos.
— Acabou, Giulia… — ele sussurrou contra minha orelha. — Juro que acabou.
Um soluço escapou da minha garganta. Eu não tinha lembranças nítidas do que havia vivido, mas a sensação de medo que me dominava nos últimos meses parecia, finalmente, dar espaço a algo novo: paz.
— Eu não sei como agradecer, Noah — murmurei, a voz embargada.
Ele afastou o rosto só o suficiente para me olhar nos olhos. Seus dedos tocaram minhas lágrimas com delicadeza.
— Não precisa agradecer. Só respira. S