O dia começou diferente, talvez porque fosse o primeiro desde que meu pai decidiu contratar um segurança para me acompanhar. Eu ainda me sentia estranha com isso, como se estivesse vivendo em um filme em que alguém vigiava cada passo meu. Mas, depois do que aconteceu na galeria, era impossível negar que estávamos vulneráveis. A ideia de ficar sozinha com Serena me arrepiava, então aceitei sem discutir, mesmo que não fosse exatamente fácil abrir mão de parte da minha liberdade.
Noah saiu cedo para a galeria. Vi nos olhos dele a preocupação de sempre quando me beijou de despedida, como se quisesse me proteger de um mundo inteiro que ele não conseguia controlar. Eu quis dizer que estava bem, que não precisava se preocupar tanto, mas as palavras morreram na garganta. Ele sabia, tanto quanto eu, que não estávamos seguros.
Hoje eu tinha compromissos que não poderiam ser adiados. O banco havia ligado na tarde anterior, avisando que alguns documentos precisavam ser assinados pessoalmente para