A luz suave das lanternas refletia no verniz escuro da mesa baixa, e por um instante eu senti que estava em outro mundo. Longe da correria da cafeteria, longe do peso dos últimos meses. Só havia aquele ambiente intimista, o som distante da água caindo na fonte e o perfume delicado de madeira e temperos no ar.
Olhei para Noah, sentado de pernas cruzadas à minha frente, e senti meu coração bater mais rápido. Ele parecia… diferente. Mais adulto, mais seguro, mas ainda com aquele brilho nos olhos verdes que me fez me apaixonar anos atrás.
— Você gosta mesmo desse lugar? — ele perguntou, inclinando levemente a cabeça.
— Eu amo. — Sorri, passando os dedos pela almofada onde me sentava. — Parece que entramos em um pequeno refúgio.
Ele sorriu de volta, e por um momento apenas nos olhamos, como se as palavras fossem desnecessárias. A atendente trouxe chá quente e uma entrada delicada de sashimis coloridos, e a conversa fluiu naturalmente.
Falamos sobre Serena, claro.
— Hoje ela tentou arrancar