Quando saímos do restaurante, o ar quente da noite nos envolveu, trazendo aquele cheiro de asfalto misturado com o frescor das árvores. Eu estava pronto para levá-la direto para casa, mas Giulia apontou para o parque iluminado do outro lado da rua.
— Vamos dar uma volta? — ela perguntou, com um sorriso leve. — Está uma noite bonita.
Eu não precisava de muito para concordar. Qualquer minuto extra ao lado dela era um presente.
Atravessamos juntos e logo estávamos cercados pelas árvores altas e pelos sons suaves da cidade ao longe. As luzes dos postes formavam um caminho dourado sobre o gramado, e havia casais, famílias e crianças aproveitando a noite. Um vendedor de sorvete estava próximo à entrada, e Giulia me olhou de canto.
— Sorvete? — ela perguntou, quase como uma provocação.
— Só se for de pistache — respondi, já tirando a carteira.
Ela riu e escolheu morango, e seguimos andando devagar, sorvendo o doce enquanto o calor da noite parecia nos prender ali. Por alguns minutos, o silên