O sol da manhã aquecia o parque, e a risada de Giulia se misturava ao canto dos pássaros enquanto ela corria em direção ao balanço. O vento bagunçava seus cachos escuros, e a energia transbordava de cada movimento dela.
— Me empurra bem alto, Isa! Igual a um foguete!
Sorri, segurando as correntes do balanço enquanto ela se ajeitava no assento.
— Pronta para decolar?
— Sim!
Empurrei com delicadeza no começo, sentindo os pezinhos dela se balançarem no ar, mas logo aumentei a força. Giulia abriu os braços, rindo alto.
— Mais alto!
— Assim você vai acabar alcançando a lua!
Ela jogou a cabeça para trás, gargalhando.
— Mamãe também me empurrava bem alto.
Meus dedos apertaram instintivamente a corrente do balanço, mas mantive minha expressão leve.
— É mesmo?
— Aham. Ela dizia que eu era a melhor astronauta do mundo!
Meu coração apertou, mas continuei empurrando-a no mesmo ritmo. A naturalidade com que Giulia falava da mãe mostrava o quanto ela ainda estava presente em sua vida, m