O sol da manhã invade o quarto por entre as cortinas de linho, tingindo tudo com um tom dourado suave. Sinto o corpo de Giulia relaxado ao meu lado, sua respiração tranquila em contraste com a confusão silenciosa que ocupa minha mente. Penso na noite anterior e no quanto tudo parecia… certo.
Inclino-me lentamente, observando seu rosto sereno, os cílios longos descansando sobre as bochechas. Não consigo evitar o impulso de me aproximar mais e roçar meus lábios nos dela. Ela suspira, se mexendo levemente antes de abrir os olhos com um sorriso sonolento.
— Bom dia — murmuro contra sua pele.
— Bom dia — ela responde com a voz rouca, a mão subindo para acariciar meu rosto. — Então… você se arrependeu?
Minha testa franze, e eu rio baixinho, afastando-me apenas o suficiente para encarar seus olhos castanhos.
— Giulia… eu nunca me arrependeria de algo assim. Nunca.
Ela cora e desvia o olhar, mas eu puxo seu queixo de volta para mim e deposito outro beijo suave em seus lábios. Eu não podi