A manhã estava clara, com o sol tímido filtrando pelas cortinas quando terminei de arrumar Serena na cadeirinha portátil. Ela já estava sonolenta depois de mamar, os cílios longos pesando sobre as bochechas rosadas, e eu sentia aquela mistura de orgulho e ternura toda vez que a via assim: tranquila, entregue ao descanso.
Isa estava ao meu lado, segurando a bolsa da bebê enquanto eu ajustava o cinto de segurança.
— Parece uma boneca de porcelana dormindo, — ela comentou, baixinho, para não despertar Serena.
Sorri, concordando.
— Ela cresce mais a cada dia. Às vezes penso que, se eu piscar, vou perder alguma coisa.
Seguimos até o carro. A manhã corria sem pressa, e eu sentia aquela satisfação simples de estar cumprindo mais uma rotina de mãe. Coloquei Serena na cadeirinha traseira com cuidado, certificando-me de que o cinto estava bem preso, antes de me acomodar ao volante. Isa entrou no banco do passageiro e, assim que saímos da garagem, começou a falar sobre a semana na cafeteria.