Eu não sabia por que havia deixado Noah me acompanhar. Talvez fosse o jeito calmo com que ele tinha dito “deixa eu ir com você” ou talvez o fato de que minhas pernas estavam prestes a falhar quando ouvi a ligação da clínica.
Agora, sentada no banco do táxi ao lado dele, com as mãos entrelaçadas no colo para esconder o tremor, eu me perguntava se isso não era um erro.
— Você tem certeza de que está bem? — Noah pergunta, quebrando o silêncio tenso.
— Tenho. — Minha resposta soa automática, mas ele não parece convencido. — Quer dizer… eu não sei.
Ele apenas assente, não forçando mais nada. A cidade passa embaçada pela janela enquanto o céu cinza de Londres ameaça chuva novamente.
— Você não precisava vir — murmuro. — Deve ter outras coisas para fazer no sábado.
Ele solta um pequeno riso sem humor.
— Giulia, eu não conseguiria me concentrar em nada sabendo que você está nervosa e sozinha.
Olho para ele, o rosto sereno apesar do tom preocupado. Como alguém pode ser tão… estável?
Quando che