O quarto estava silencioso quando voltamos. Giulia já havia retornado da punção e dormia profundamente, o rostinho sereno e a respiração leve. Miguel se aproximou primeiro, beijando sua testa com ternura. Eu me sentei na poltrona ao lado da cama e apenas fiquei ali, observando. Ela parecia tão pequena, tão frágil… e ao mesmo tempo, tão cheia de luz.
— Parece um anjinho dormindo — murmurei.
Miguel assentiu, sem conseguir sorrir. A tensão ainda estava viva em seus ombros.
— Ela é o meu anjo — respondeu baixinho.
Pouco tempo depois, uma enfermeira bateu suavemente à porta.
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