Cláudia Lisboa…
Eu não aguentava mais. O tempo inteiro, havia pouco mais de dois meses, eu ouvia o tal nome da vagabunda: Danielle. Imaginava uma grande mulher, poderosa, exuberante, chique a ponto de me causar inveja… Jamais pensei que fosse uma simples camareira do hotel. O que ela e o safado do Matarazzo fizeram para iludir o Denner, eu não fazia ideia.
Ao contrário do meu homem, sou uma excelente fisionomista, e eu a reconheci assim que pus os olhos nela. Quando fui buscá-la no setor norte de lavanderia do hotel, ela veio me atender de máscara. Mesmo sendo transparente, esse tipo de máscara sempre atrapalha um pouco na hora de registrar o rosto de alguém — mas apenas um pouco, não totalmente.
Ainda me lembrei da farsante em outro momento: quando tentou uma vaga alguns anos atrás. Aquele terninho cor de fezes é inesquecível.
"Que mau gosto!"
O importante é que consegui tudo o que precisava junto ao RH. Seja qual for o feitiço que aquela pobretona latina lançou sobre o Nenê, va