Draiton MenegaçoNão iria para a delegacia, ainda mais aqui no Brasil, onde eu sabia que nada daria em nada. Só perderia o dia inteiro, sentado em uma cadeira dura, esperando para ver aquelas mulheres não ficarem presas nem doze horas. Eu tinha mais o que fazer. No fim das contas, só não tive um prejuízo maior graças à Melissa. Quer dizer... prejuízo eu tive, sim, dez mil reais que saíram do meu bolso para ela. Mas foi uma forma de agradecer. Afinal, não é qualquer um que se arrisca pela vida de outra pessoa.O celular vibrou na mesa. Quando vi o nome na tela, franzi a testa. Era minha prima, Oléria, e com certeza ele veio me apressar com a história da noiva e insistir que eu volte para doida d Kátia.— Draiton. — falei, direto.— Primo, tô te ligando pra avisar: teu irmão vai te passar a perna.Suspirei. Oléria era fofoqueira, sim, uma intriga em pessoa, mas uma coisa eu sabia: ela não inventava. Sempre que abria a boca era porque havia algum fundo de verdade. E, mesmo de longe, eu p
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