Ava
Eu ainda sentia as pernas tremendo.
O quarto estava quente, o ar denso, carregado de um cheiro que eu nunca mais esqueceria: suor, perfume e desejo. O meu corpo estava colado ao dele, e eu mal conseguia respirar direito. Era como se eu tivesse cruzado um limite que jamais pensei ser capaz. Como se cada parte de mim tivesse finalmente sido tocada, amada, desvendada.
Gregório estava deitado de lado, me olhando. As pontas dos dedos dele deslizavam pela minha pele, devagar, traçando caminhos invisíveis como se quisesse memorizar cada pedaço de mim. E talvez quisesse mesmo.
Gregório: “Você tá bem?”
Soltei um risinho rouco, com os olhos fechados e o coração batendo lento, pesado.
Ava: “Tô. Melhor do que já estive na vida.”
Ele me puxou mais pra perto e me abraçou por trás. A mão grande dele ficou sobre meu ventre nu, e senti os beijos calmos que ele deu na curva do meu pescoço. Eu quase chorei ali.
Mas não er