Ava
Quando cheguei em casa, respirei fundo. O papel com a nova dieta estava dobrado na bolsa como se fosse um mapa do tesouro. Só que esse tesouro era um corpo novo. Uma vida nova. E eu sabia que não ia ser fácil. Nada que vale a pena é.
Fui direto até a cozinha. A cozinheira, Dona Edite, estava organizando os potes da geladeira. Ela era uma senhora simpática, de riso fácil, que me tratava com carinho desde o primeiro dia.
Ava: “Dona Edite… a gente vai precisar mudar o cardápio.”
Ela parou e me olhou com atenção, limpando as mãos num pano de prato.
Dona Edite: “O que a nutricionista mandou?”
Entreguei o papel. Ela leu com o cenho franzido.
Dona Edite: “Hmmm… sem pão, sem arroz branco, sem doce… e só chá, é?”
Ava: “É. Eu quero me transformar. De verdade.”
Ela sorriu.
Dona Edite: “Então eu tô com você. Vou fazer tudo certinho. Vai ter comida boa e dentro da dieta, combinado?”
Assenti, emocionada.
Ava: “Obrigada.”
Fui para o quarto, troquei de roupa e coloquei a legging e o top de treino