Paul entrou no escritório com passos firmes, mas o olhar carregava a tensão que a ligação de mais cedo havia plantado. Fechou a porta atrás de si e foi direto ao ponto.

— Qual é a urgência? — perguntou, puxando uma cadeira.

Philipe o observou por alguns segundos antes de falar:

— Você dormiu na Monique ontem?

— Não — respondeu Paul, ajeitando a gravata. — Só passei lá pra dar o bom-dia. Você viu a lista de convidados que ela está preparando?

— É justamente sobre isso que eu quero conversar com você.

Paul arqueou a sobrancelha, curioso.

— Já que você está decidido a casar com ela — continuou Philipe —, faça um contrato pré-nupcial. O seu casamento não vai durar seis meses.

Paul soltou uma risada breve, mais de nervoso do que de descrença.

— Por que você está dizendo isso?

— Porque eu te conheço, irmão. Você já está em dúvida, mesmo que não queira admitir. Você quer filhos. Ela não vai querer.