ALEXIA DINIZ
A porta do escritório de Matteo Mancini fechou-se com um baque seco, um som pesado que ecoou não só pelos corredores impecáveis e silenciosos da Mancini Starlight, mas que ressoou também em cada fibra do meu ser. Saí de lá como um projétil, cada passo apressado reverberando a fúria cega que fervia em minhas veias, ameaçando explodir a qualquer momento. Suas palavras martelavam em minha mente, o que me atingia como um raio, me deixando atordoada e furiosa, a convicção brutal com que ele me tratou, a raiva contida, quase palpável, em sua voz grave e controlada. De onde ele tirou tanto ódio? Por que ele me tratou com essa selvageria, com essa antipatia tão explícita, sem um motivo aparente? Essas perguntas, urgentes e sem respostas, giravam em minha cabeça como um turbilhão. A cada ziguezague pelos corredores opulentos da empresa, cujas paredes pareciam brilhar com a opulência fria do sucesso, a perplexidade crescia, misturando-se a uma crescente e incômoda indignação. Nunc