MATTEO MANCINI
— Matteo, o que foi isso? — perguntou Bento perplexo, o rosto refletindo a confusão, seus olhos arregalados. Ele estava em choque, algo raro vindo dele.
— O que deu em você? Por que essa agressividade toda? — Artturo parecia genuinamente confuso, seus olhos fixos em mim com uma mistura de preocupação e espanto.
Minha mandíbula estava travada, os punhos cerrados. A presença dela, a indiferença dela, tudo me atingiu como um golpe no estômago. O ar parecia faltar em meus pulmões, e uma dor aguda apertava meu peito. Eu podia sentir o sangue fervendo em minhas veias.
— Quero essa mulher fora da minha empresa. Agora! — minha voz saiu mais alta do que o pretendido, carregada de fúria, ecoando pelas paredes da sala como um trovão. Cada palavra era uma facada na minha própria ferida.
Artturo e Bento se entreolharam, a perplexidade ainda estampada em seus rostos. Eles não entendiam. Como poderiam? Eles não a conheciam como eu. Eles não tinham vivido o que eu vivi. Par