MATTEO MANCINI
Meu cérebro processava a informação, e a resposta imediata era um "não" categórico, um grito silencioso de repulsa que eu mal conseguia conter.
— Como assim? Você quer levar seu... amante para nossa casa? — A palavra saiu com um tom ácido que eu não consegui controlar, carregada de um ciúme que eu ainda não entendia completamente, mas que fervilhava em minhas veias, me consumindo por dentro. A simples ideia me causava repulsa, me revirava o estômago, me deixava em estado de alerta.
— Amante? — Eduardo arregalou os olhos, indignado, colocando a mão no peito de forma dramática, como se tivesse sido atingido por uma flecha envenenada. — Que horror! — exclamou, como se eu tivesse proferido a maior ofensa do mundo, uma blasfêmia imperdoável, uma declaração absurda e sem fundamento.
— De onde você tirou que o Dudu é meu amante? — os dois começam a rir, uma risada que começou contida e logo explodiu em gargalhadas, enquanto trocavam olhares divertidos, como se eu fosse a p