MATTEO MANCINI
Alexia suspirou, um leve tremor em seus ombros, como se carregasse um fardo pesado demais para ela, um fardo de ironias e desencontros. A ironia da situação era dolorosa: no momento em que ela pensou em abrir seu coração para outra pessoa, o destino interveio, nos jogando de volta um para o outro, em uma teia de mentiras e aparências que agora teríamos que tecer com cuidado
— Tecnicamente não perdeu, já que é fingimento — ela rebateu, um sorriso amargo curvando seus lábios, uma ironia cruel que me atingiu em cheio, expondo a fragilidade do nosso plano, a farsa que mal havíamos iniciado. A verdade era uma espada de dois gumes, e ela acabara de cravá-la em nossa farsa, me lembrando que tudo aquilo não passava de uma atuação, um teatro para o público ávido por fofocas.
— Mas ele terá que achar que perdeu. Você não pode falar a verdade para ninguém, Alexia — insisti, o peso do segredo já se instalando entre nós, uma sombra densa que prometia crescer e nos envolver, nos p