Alberto
Não era literalmente o gosto dela, embora seus lábios desejassem desesperadamente encontrá-la, mas o rastro que ficou nele, depois daquele incêndio na arena que ela provocou.
A lembrança cravada feito brasa a cada movimento, cada curva, cada sorriso que escorregava dos lábios pintados como veneno. Pérola Negra. A criatura que subiu ao palco como uma deusa insaciável do sexo.
A mulher que fez meu corpo se acender em labaredas.
Mas também... não era ela?
As luzes ainda oscilavam por trás da cortina pesada quando eu a vi escorregar para os bastidores. O som dos aplausos ainda pulsava em seus tímpanos, abafado pelo zumbido furioso do meu sangue.
Alberto seguiu como um predador cego por instinto. Um cheiro específico o chamou. Doce, quente, picante, como se ela fosse feita de pecado. Um perfume muito diferente do frutado, com notas de mel, baunilha e sândalo de Samanta.
Ele se agarrou a racionalidade e mesmo assim, não pode deter o impulso. Seus músculos e seus nervo