Alberto
Alberto observava a casa como quem encara um campo de batalha prestes a ser invadido. O ferro frio do portão sob suas mãos pouco se comparava ao gelo que atravessava seu peito.
Ele não sabia ao certo por quanto tempo estava ali, mas o céu já escureceu por completo, e as sombras da rua pareciam conspirar com seus pensamentos mais sombrios.
A mulher que ocupava seus pensamentos ousou sair novamente com outro homem. A fonte que tinha dentro da Cosmus, disse que o homem foi buscá-la pessoalmente na frente da agência; um claro sinal de proximidade.
Não, ela não podia fazer isso. Não deixaria que agisse como se sua vida e seu destino, estivesse livre para ser ocupado por outra pessoa.
Quando os faróis do carro cortaram a penumbra, ele apagou o cigarro lentamente, levantando os olhos na direção do motorista. Era ela.
Samanta.
A visão dela, mesmo à distância, ainda o excitava e provocava fúria por sua petulância, como no primeiro dia em que se conheceram. Mas agora hav