Ele estava a poucos metros, numa das seções da loja, analisando com concentração um rolo de carpete azul acinzentado. Guilherme Estima. O detetive. O homem que havia sido seu amor, seu companheiro, o pai de seu filho... e o mesmo que a havia abandonado quando ela mais precisava.

O coração de Samanta bateu descompassado. A mão dela apertou instintivamente o guidão do carrinho de Maya. Guilherme a viu. A expressão dele se suavizou num segundo, como se o mundo inteiro ao redor desaparecesse. Um sorriso de saudade floresceu em seus lábios.

— Sam... Amélia... que surpresa maravilhosa!

Ele se aproximou com passos lentos, como se temesse que ela evaporasse diante dos olhos dele. Amélia sorriu, ignorante da carga emocional que borbulhava sob a superfície daquele reencontro.

— Gui! — exclamou Amélia. — Que coincidência!

— Da última vez que te vi, você ainda estava processando que estava grávida dessa princesa aqui — disse ele, apontando com ternura para Maya, que dormia serenamente no carrinho