Capítulo 12

A manhã chegou pesada, carregada de um silêncio desconfortável.

Alberto desceu primeiro. Estava de terno cinza escuro, de corte italiano, assentava-se sobre seus ombros largos com a precisão de uma armadura feita sob medida. A gravata preta, lisa, estava perfeitamente ajustada ao colarinho branco, sem um único vinco fora do lugar. O rosto marcado por olheiras, mas o olhar ainda duro. Sentou-se à mesa, abriu o jornal sem realmente ler e esperou.

Helena entrou minutos depois. Com um vestido azul-marinho, de tecido pesado e bem estruturado, moldava-se ao corpo sem exageros. O corte reto, até os joelhos, passava sobriedade; as mangas curtas e o decote quadrado revelavam apenas o suficiente para não destoar da rigidez da manhã. Na cintura, uma faixa discreta afinava a silhueta, reforçando a imagem de controle absoluto. Os cabelos estavam presos em um coque francês impecável, cada fio em seu lugar. O penteado revelava a nuca delicada e alongava o rosto, emoldurando-o com sobriedade. Ela tra
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