Capítulo 13

Quando deixaram o escritório envidraçado, Alberto e Helena caminharam lado a lado até a Mercedes. O silêncio entre os dois era mais eloquente que qualquer palavra. No banco traseiro, o carro deslizava pelas ruas geladas de Toronto, mas dentro dele o ar parecia sufocante.

Helena mantinha a postura impecável, o rosto sereno como uma máscara. Alberto, rígido ao lado, não via as ruas; via apenas a sombra dela refletida no vidro. Sentia-se prisioneiro do próprio desejo — derrotado e, ainda assim, incapaz de afastar-se.

Naquela noite, Helena organizara um jantar íntimo em sua mansão. Não para comemorar o contrato, mas para reafirmar sua posição: senhora do próprio destino, mesmo que o preço fosse um pacto.

O salão brilhava sob lustres dourados. Taças cintilavam, e as conversas de banqueiros, advogados e esposas de políticos formavam um coro de vozes medidas, risos contidos. Helena reinava entre eles com naturalidade. O vestido de seda azul deslizava sobre o corpo como se tivesse sido tecido
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App