A campainha do apartamento de Clara tocou e ela achou que era Henrique, mas, ao olhar na telinha do olho mágico digital, viu seu vizinho Caíque. Então abriu a porta.
— Oi, Caíque.
— Oi, Clarinha. Vim trazer sua caixa de ferramentas. Muito obrigado, viu, minha querida. Não sei o que teria feito se não fosse sua ajuda.
— Que isso… Se precisar, é só falar.
— Trouxe também um bolinho de chocolate pra agradecer.
— Ah, obrigada! Nem precisava, mas eu agradeço. E o Antônio, mais ainda.
Nesse momento, Henrique subia as escadas e encontrou o vizinho. Sua simpatia característica não estava presente naquela hora, então cumprimentou Caíque de forma bastante breve. Clara se despediu do vizinho e o casal entrou.
— O que ele queria? — perguntou Henrique, meio sem paciência.
— Veio devolver minhas ferramentas. Você está bem?
— Por que ele não tem as próprias ferramentas?
— Sei lá, como vou saber? Que pergunta! Você não tá legal, né?
— Só cansado.
Nessa hora, Antônio saiu do quart