O portão sul ainda estava úmido de orvalho quando a flecha apareceu cravada no meio da madeira.
Nenhum guarda tinha visto quem atirou.
Nenhum som anunciara a chegada.
Ronan foi o primeiro a se aproximar.
— Não tem selo do Conselho — avisou. — Nem símbolo do Sul.
Isso, no Norte, significava uma coisa:
mensagem de alguém que não quer ser reconhecido.
Sigrid desceu da muralha.
— Se não tem bandeira, é porque não presta. — Ela cruzou os braços. — E se está presa numa flecha, menos ainda.
Kael surgiu atrás de Helena.
A presença dele fez o grupo abrir espaço, não por medo, mas por instinto de território.
Helena respirou fundo.
O papel dobrado estava preso com um cordão preto.
A runa na palma de sua mão começou a pulsar.
— Não toquem no papel — alertou.
Ronan girou a flecha, tirou-a da madeira e entregou o papel para Helena sem encostar nos dedos dela.
A textura era fina, diferente de qualquer coisa feita no Norte.
Quando encostou, um arrepio subiu pelo braço.
“Não abre.”
A fra