Assim que Thalassa pressionou o botão de reprodução, a gravação passou a ecoar, e o quarto foi tomado por um silêncio sufocante.
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— Lembra-se de quando fui presa? — A voz de Thalassa soou na gravação. — Você e sua cúmplice armaram contra mim e me jogaram na cadeia. Passei três dias na mesma cela fria e vazia, sem que uma única pessoa fosse me visitar.
— Eu não tive nada a ver com sua prisão! — A voz de Karen se defendeu. — Aquilo foi obra da Linda.
— Quer dizer que a armação da noite do meu casamento, quando você fez aquilo comigo, também partiu dela? — Retrucou Thalassa.
— Sim, Lassa, eu admito. Mas entenda, eu não queria, nunca desejei feri-la. Foi ela quem me obrigou, e até hoje não sei como conseguiu me manipular. Thalassa, a Linda queria que eu deixasse aquele homem abusar de você, mas eu não permiti… Eu o avisei para se afastar, porque, apesar de tudo, você continuava sendo minha amiga, e eu não suportava a ideia de causar-lhe tamanha dor.
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À medida que a gravação avançava, o a