Thalassa não tinha dito uma única palavra durante todo aquele tempo nem se movera um centímetro sequer, pois sua mente permanecia em frangalhos, como se estivesse presa em um sonho e incapaz de acreditar que aquilo fosse real.
Mas, quando Kris se colocou diante dela e ela viu a dor em seus olhos, teve a confirmação de que não estava sonhando.
— Vai me acompanhar até a delegacia? — Ele perguntou, com a voz vazia de emoção. — O direito de prestar queixa pelo ataque é exclusivamente seu.
Ainda atônita e descrente, Thalassa apenas assentiu de forma quase mecânica, e assim seguiram até a porta sob o peso de todos os olhares e os murmúrios dos convidados que ecoavam atrás deles.
Do lado de fora, Kris se voltou para ela.
— Vai comigo?
Thalassa balançou a cabeça, porque, apesar dos pensamentos dispersos, não estava pronta para ficar a sós com ele.
— Não. Eu trouxe meu carro.
Kris apenas assentiu, sem dizer mais nada, antes de seguir para o próprio veículo, e ela também caminhou até o dela.
Qua