Tremendo de fraqueza, Kris continuava a vomitar, e, como não comia havia dois dias, apenas o ácido lhe subia pela garganta em chamas, enquanto o estômago se retorcia em espasmos cruéis.
Depois do que pareceu uma eternidade, os espasmos cessaram, e, com as mãos trêmulas, ele acionou a descarga e se ergueu do chão com esforço.
Caminhando até a pia, encarou o próprio reflexo no espelho, enxaguou a boca e cuspiu, tentando se livrar do gosto vil que insistia em permanecer, mas nenhuma quantidade de água era capaz de lavar o amargor que carregava por dentro. Foi então que viu Thalassa refletida no espelho, parada na porta.
— Você está bem?
Ele congelou, com o coração se torcendo de dor ao vê-la, porque, embora desejasse puxá-la para perto, abraçá-la e agradecer por lhe ter dado um filho tão lindo, tudo o que sentia era a fúria borbulhando por dentro, arranhando seu peito. Do lado de fora, ele havia preferido o silêncio, temendo que dissesse algo irreversível, mas, dominado pelo impulso, não