O Príncipe Adormecido

O Príncipe Adormecido PT

Romance
Última actualización: 2025-09-22
Graciliane Guimaraes   En proceso
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10
1 Reseña
50Capítulos
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Resumen
Índice

O príncipe de ouro de Dubai, Rafique, sempre foi cheio de extremos, e sua vida acelerada acabou em um trágico acidente de moto, em uma rodovia próxima ao deserto. O príncipe, antes lendário por sua inteligência e vivacidade em festas e disputas de jogos em várias modalidades, agora vive seu maior desafio. Ninguém sabe ao certo o que aconteceu. Talvez um feitiço tenha sido lançado sobre ele ou conspiração de poder. Afinal ele era extremamente incrível como piloto para cometer um erro tão bobo que deixou em coma, se tornando assim o príncipe adormecido. Como herdeiro principal da família, por ser o único de sangue puro, e com o pai descobrindo uma doença gravíssima, um plano ousado foi proposto por sua mãe, Annia, e aceito pelo sheik, seu pai, Hassan. Por uma grande trama do destino, costurada por sua madrinha, a brasileira Isodara Oliveira vai para Dubai realizar seu sonho de infância: conhecer os Emirados Árabes Unidos e comemorar seus 18 anos. E assim, ela fará o impensável. Sob ameaça de matarem sua madrinha, aceita vender seu ventre para gerar o filho do príncipe adormecido.

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Capítulo 1

O início

Capítulo 01

O Príncipe Adormecido

-_-_-_- Prolongo -_-_-_-

Rafique, ainda estava no quarto de Isadora. Mas assim, que ouviu a batida na porta e a voz da própria mãe, ele optou por se esconder atrás das cortinas de seda clara, mas com proteção de sol, o local era um ótimo esconderijo. Ele não queria que a mãe o visse ali, para evitar um confronto desnecessário, afinal ele sabia bem que Annia jamais aprovaria ele estando ali com Isadora a sós, mesmo ela já estando grávida dele, ainda que por inseminação.

O carinho entre eles ainda era algo puro, mas muito real. Por isso ele esteve até o momento ouvindo ela lendo para ele.

— Abra, Isadora. Sou eu, a princesa Annia.

Isadora, surpresa, respondeu:

— Ah, sim, princesa… só um momento.

Rafique se inclinou para ela, a voz baixa e urgente:

— Não diga que estou aqui.

Ela piscou, confusa. — Tá… não entendi por que você quer se esconder, mas…

— Psiu, é sério. Melhor ela não saber.

Isadora abriu a porta, tentando disfarçar a estranheza.

— Já vou, princesa Annia.

A mãe de Rafique entrou, olhando o quarto como se buscasse algo. Convidou a Isadora a sentar. Seus gestos eram calculados, e o olhar carregava aquela autoridade de antes que fazia a moça sentir-se uma intrusa.

— Isadora, você terá de ir embora. Mesmo agora que Rafique acordou.

Isadora sentiu o coração bater mais rápido.

— Mas… por quê, senhora? Perdão, Alteza.

— Eu poderia não lhe dizer nada. — Annia prosseguiu. — Afinal, você sabe que Rafique não está incluído no contrato que sua tia assinou. Mas, pela gratidão que tenho por tudo, vou explicar.

Isadora respirou fundo.

— Sim alteza..Estou ouvindo.

— Rafique está bem, graças a Alá. Agora deve seguir cumprindo suas obrigações como futuro sheik, como já iria acontecer antes do acidente.

A mulher fez uma pausa, estudando os olhos doces de Isadora antes de prosseguir…

— Meu filho deve casar com uma nobre, uma filha de um sheik. Uma princesa que fortalecerá seu poder. Talvez essa princesa até aceite seus gêmeos como herdeiros diretos deles. Mas não posso obrigá-la. Porém seus filhos terão apoio e uma vida próspera, mas você deve ir embora após o nascimento dos bebês, como está no contrato recebendo seu dinheiro. Por enquanto eu e Hassan decidimos que você ficará em um local seguro até o nascimento das crianças, longe daqui e de Rafique. Ele não pode se confundir por você.

As lágrimas derramaram pelo rosto de Isadora, quentes e silenciosas. Não havia orgulho suficiente para contê-las.

Atrás da cortina, Rafique ouvia tudo. Seu instinto era atravessar a sala e interromper as falas cheia de lâmina da mãe dele contra Isadora, mas ele sabia que um ataque histérico só pioraria as coisas.

Isadora, com voz trêmula, perguntou:

— E minha tia Simone?

— Será enviada logo para perto de você, assim que estiver estável. Você não ficará longe dela.

Annia se levantou.

— Bem, isso é tudo, você parte em seis horas. As criadas arrumaram suas coisas. Agora apenas descanse.

Assim que a princesa saiu, Rafique deixou o esconderijo. Num impulso, envolveu Isadora nos braços, segurando-a como quem quer proteger de todo o mundo.

Sussurrou ao ouvido dela:

— Você é a única que aceitarei como esposa. Já é minha mulher, mãe dos meus filhos. Não se preocupe. Vou resolver isso. Agora, não chore. Olhe para mim.

Ela ergueu o rosto, obediente, o olhar ainda úmido.

— Confie em mim. — ele continuou. — Não será fácil, mas vou lutar por você.

— Mas seu destino já está traçado, Rafique. Por favor… eu não sou adequada. Não sou uma princesa.

— Você é mais do que qualquer princesa, Isadora. Você é…

Ele não terminou. Os lábios dele se encontraram com os dela. O beijo começou suave, como um sopro, mas logo ganhou a intensidade de uma tempestade no deserto, carregado de urgência e sede reprimida.

O corpo de Rafique colou-se ao dela, e Isadora sentiu a pressão inconfundível de seu desejo. O abraço se apertou, as mãos dele explorando-lhe as costas como se quisesse memorizar cada curva. Ela mesmo inocente não recuou ao contrário, se entregou ao momento, os dedos subindo pelo pescoço dele, afundando nos cabelos espessos.

Ele a queria…

_-_-_-_-_-_-_ -_

Rafique Al-Nahyan não era apenas um nome que ecoava pelos salões de mármore do palácio real em Dubai; ele era a tempestade encantadora que incendiava as noites douradas da cidade. Aos 25 anos, o jovem príncipe era o reflexo mais puro da primeira união do grande sheik Al-Hassan com a princesa Annia Al Salim, herdeira direta de uma linhagem nobre e extremamente devota. Isso tornava Rafique o mais respeitado dos filhos do sheik, o único de sangue totalmente puro e, por isso mesmo, herdeiro natural dos títulos e do poder do pai nos Reinos Unidos de Dubai.

Era difícil saber se ele era mais conhecido pelos discursos brilhantes nas conferências econômicas ou pelas madrugadas em iates privados no Golfo Pérsico, regadas a Dom Pérignon, neon e música eletrônica importada de Ibiza. Rafique era tudo o que um herdeiro do trono moderno deveria ser: culto, bilíngue, estrategista, mas também imprevisível, indomável e perigosamente sedutor.

Durante o dia, era comum vê-lo nas pistas de tênis do clube privado de Palm Jumeirah, onde ele derrotava os executivos ocidentais com uma facilidade irritante. À tarde, cavalgava em silêncio no deserto com seu puro-sangue árabe, Azure, um animal tão indomável quanto seu dono. À noite? Ah, à noite, ele se tornava lenda.

Enquanto o sol ainda dourava as areias do deserto, Rafique se preparava para mais uma noite entre os salões iluminados de ouro e cristais, onde apenas os filhos dos mais ricos, líderes políticos e jovens príncipes tinham acesso. A festa era exclusiva, organizada por um magnata do petróleo aliado da família.

Vestia um traje preto de corte impecável; seu relógio Rolex cintilava como os olhos das mulheres que sempre o esperavam com desejos não ditos.

O salão reluzia. Lá estava Rafique, rindo alto, brindando com champanhe francês, mesmo sem beber muito. Seu estilo era aproveitar o momento, mas sempre com os olhos atentos um negociador em potencial, um líder que, mesmo nas festas, era cortejado por empresários. Um jovem que, mesmo nobre, já pensava em novas rotas comerciais, formas de digitalizar os negócios da família e impulsionar a expansão do império Al-Nahyan Salim.

— É assim que se conquista um império moderno — dizia ele.

A um amigo de infância, sobrinho de um embaixador, enquanto indicava no celular um projeto para transformar parte do deserto em campos de energia solar.

No entanto, a verdadeira essência de Rafique se revelava nos momentos mais íntimos, como aquele jantar tradicional, onde os homens da família comiam separados das mulheres, num grande salão circular coberto de tapeçarias vermelhas e talheres de ouro.

O sheik Al-Hassan, homem imponente de olhos escuros e olhar firme, estava à cabeceira. Ao seu lado, Rafique, com seu semblante de quem sempre tinha algo a dizer.

— Rafique. — o sheik começou, rompendo o burburinho de conversas entre primos e irmãos, fazendo-se ouvir.

— Sim, pai.

— Escute, filho, está na hora de pensarmos em seu futuro. A cidade te ama, o povo te admira, e os conselheiros não escondem que esperam sua liderança. Então, está na hora: você precisa de uma esposa. Uma mulher digna de sua linhagem. Para dar início à sua descendência e seguir com sangue forte e puro que você carrega.

Rafique sorriu com leveza, pousando os dedos sobre a taça de prata.

— Com todo respeito, grande Sheik e meu pai... — fez uma pausa. — Eu ainda tenho 25 anos. Pela tradição, sou livre até os 30. A não ser que o senhor queira me transformar em um velho como Tariq, que já quer casar antes de aprender a seduzir uma mulher.

Os homens ao redor riram contidos. O próprio Tariq, o segundo filho, fez uma careta. Mas dentro dele, sendo filho da segunda esposa do Sheik Hassan, odiava o irmão por ele sempre demonstrar que era herdeiro principal e por isso podia decidir seu destino.

— Pelo menos eu tenho estabilidade, Rafique. Diferente de você, que vive como Salomão entre os corpos das filhas do deserto. — rebateu o irmão, sarcástico.

— Salomão teve mil mulheres e ainda foi considerado sábio. — retrucou Rafique, arrancando gargalhadas. — Eu ainda estou longe disso, mas me envaidece ser um homem como ele.

O sheik Al-Hassan apertou os lábios, mas, no fundo, havia orgulho. A arrogância do filho mais velho era diferente: ela vinha do saber, do charme inato que herdara de Annia, sua primeira esposa. Aquela mulher foi uma promessa feita entre duas famílias nobres e, ela, foi o resgate do poder total para Hassan, porém ao cumprir seu dever ao dar-lhe um herdeiro, Annia pediu algo incomum: liberdade. Desde então, vivia em um palácio moderno e reservado, mergulhada na fé, distante das intrigas e dos luxos supérfluos do poder.

Mais tarde, naquela mesma semana, Rafique dirigiu ele mesmo até a mansão da mãe, localizada nos arredores do deserto, uma construção clara com jardins interiores e fontes límpidas.

Annia, com seu véu dourado e olhar sereno, recebia o filho como sempre fazia: com um beijo na testa e um abraço demorado.

— Vim ver minha rainha. Ouvi boatos de que está tramando minha prisão…?

Annia olhou séria para o filho e mudou de assunto.

— Já não estás cansado de encantar as filhas das cortes estrangeiras, meu filho? — brincou ela, servindo chá de jasmim em porcelana fina.

— O que posso fazer, se todas querem um beijo meu? — respondeu ele, sentando-se aos pés dela como quando era menino.

Ela riu com delicadeza, acariciando-lhe o rosto com os dedos finos.

— Seu pai está certo. — ela disse com doçura. — Você deve escolher uma mulher adequada, que lhe dê um herdeiro e caminhe ao seu lado. Depois disso, poderás voar como quiser. A liberdade verdadeira vem após o dever cumprido.

Ele suspirou, levantou e sentando-se no divã ao lado dela.

— Mãe, a liberdade eu já tenho. Eu a construí. Mesmo no palácio, mesmo entre os muros da tradição.

— Liberdade verdadeira, meu filho, é saber o tempo de agir... e o tempo de esperar. — respondeu ela, com serenidade.

Rafique a olhou com carinho.

— Mas eu já sou livre, mãe. Sou filho da princesa de Al Salim, lembra? A senhora mesma me ensinou a não aceitar prisões que não escolhi.

Annia sorriu, tocando-lhe o rosto.

— Ainda assim, honra a sua linhagem primeiro, rapaz. E serás mais livre que qualquer um.

Sorrindo com charme para não desagradar a mãe, ele se foi, como gostava veloz pela estrada do deserto.

No dia seguinte, Rafique estava de volta ao centro comercial do império Al-Nahyan Salim. Participava de uma reunião com os diretores das holdings da família. Apresentava ideias ousadas: investir em tecnologia blockchain para rastrear exportações de diamantes; implementar inteligência artificial nos campos de extração de gás natural; e criar um fundo de investimento para jovens empreendedores dos Emirados Árabes Unidos.

— Vamos deixar de ser apenas herdeiros. — disse ele, convicto. — Vamos ser os criadores e donos do nosso próprio destino com prosperidade.

O sheik Al-Hassan assistia de longe, fingindo indiferença, mas com o coração pleno. Seu filho, apesar da rebeldia, era uma força natural. Um homem que não apenas estava pronto para o poder, o poder nascera nele.

E enquanto os olhos de todos ainda o viam como o príncipe festeiro, Rafique já era, aos poucos, o arquiteto de um novo reino, o seu próprio.

À noite, em meio às luzes douradas de um salão majestoso, decorado com tapeçarias ancestrais e colunas em mármore branco, Rafique surgia vestindo túnica de seda marfim com detalhes em dourado. Ao redor, uma seleta elite da região brindava sua chegada com sorrisos discretos e referências respeitosas. Naquela noite, ele era o convidado principal de um encontro entre os grandes magnatas do petróleo e os novos investidores tecnológicos do Emirado. Era ali que ele brilhava. Inteligente, articulado e irreverente, conquistava com sua oratória firme e sua ousadia jovial.

— Dubai é o centro do mundo, todos estão de acordo! — disse cheio de arrogância.

Finalizando um discurso, risadas foram ouvidas, seguidas de aplausos em concordância do salão repleto de poderosos de todo o mundo.

Era impossível ignorá-lo: o brilho nos olhos, a segurança nos passos, o charme inato. Mas nenhum escândalo o acompanhava. Era livre, mas não leviano. Era intenso, mas não vulgar. Seu nome era temido entre os rivais e desejado pelas mulheres. Mas o trono exigia mais. E ele naquela noite só queria se divertir.

O local da festa era requintado, candelabros de cristal marroquino pendiam sobre tapetes persas originais, e garçons vestindo branco distribuía taças de champanhe artesanal.

Foi lá que ele a viu.

Calista era uma exímia dançarina de origem desconhecida que roubava olhares com sua beleza hipnotizante. Era uma espécie de bruxa dos tempos modernos, com seus jogos de cartas, adivinhações e algum feitiço escondido no decote do sutiã. Ela definitivamente não era como as outras.

Havia mistério em seu sorriso. Ele a tirou para dançar uma dança lenta, quente, quase proibida para a cultura local. Ela sussurrava em francês no ouvido dele, e ele sorria com aquela calma arrogante de quem sabe que pode ter qualquer mulher que quiser. Mas, após vê-la de tão de perto, perdeu o interesse.

— Você dança como se fosse o rei do mundo... e talvez seja. Você não é o príncipe de ouro de Dubai? — ela disse, convicta.

Cheia de interesse, mas como ele já não a queria mais, por algum motivo que o alertou no próprio íntimo devido a proteção das orações fervorosas de sua mãe, ele a despistou, saindo sem se importar.

Calista ficou furiosa e lançou seu maior feitiço para derrubar aquele arrogante que a ignorou. Ela havia planejado dormir com ele entre lençóis de seda negra como parte de um plano diabólico de um inimigo secreto dele. Ainda não acreditava que havia perdido o príncipe de ouro, mas a verdade é que ele não a quis. Então, rubra de ódio pela riqueza que perderia do seu serviço não concluído, ela ainda o amaldiçoou.

Autora: Graciliane Guimarães

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Graciliane Guimaraes
toc toc... tem alguém lendo aí?
2025-09-20 11:07:55
1
50 chapters
O início
O príncipe de ouro
18 anos em Dubai
Contos de fadas moderno
É um sonho
Me leve até ele
Eu vivo pensando nele
Essa é minha promessa
Ela será protegida
De todo coração sim
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