Por alguns segundos, a acusação de Kris permaneceu suspensa entre os dois, enquanto ele a fitava com olhos endurecidos, que exigiam uma resposta.
— É isso o que você pensa de mim? Que eu mentiria sobre… Sobre a morte do nosso filho? — Thalassa quebrou o silêncio por fim, com a voz quase inaudível, enquanto a garganta se fechava de emoção e ela lutava para conter as lágrimas.
Ele se afastou deixando a frustração vazar de cada movimento, ergueu as mãos com impaciência e começou a percorrer o espaço de um lado para o outro, inteiramente consumido pela fúria.
— O que mais eu deveria pensar, Thalassa? Você me disse que nosso filho morreu no seu ventre depois do ataque da minha mãe, mas ele está naquela sala, de carne e osso, me olhando como se eu fosse um maldito estranho. Então, sim! Eu não sei mais no que acreditar!
Thalassa permaneceu imóvel, sentindo cada palavra dele bater como um soco, enquanto o peso no peito tornava a respiração difícil. Após um longo silêncio, inspirou fundo, de ma