Vinte minutos antes:
Dante abre a porta do armário da cozinha e encara o interior vazio com um suspiro pesado. Tudo o que encontra são algumas barras de chocolate ainda não comidas de Kaito. Ele franze o cenho ao pegar uma delas, lendo o rótulo. Nunca entendeu como Kaito podia gostar daquilo. Para ele, chocolate sempre teve gosto de terra com gordura doce.
— Isso nem parece comida de verdade — resmunga para si, pegando uma das barras e lendo os ingredientes com desconfiança.
Ele se lembra de como ômega as deveras enquanto assiste a séries e filmes humanos, deixando o jovem ainda mais antipático.
— Nunca entendi esse vício por um doce tão ruim — murmura, sua cabeça faz movimentos de negação.
Será que ela também gosta disso? — O pensamento o atravessa.
Ele fecha o armário com um baque e abre a geladeira. A luz fria ilumina o interior: prateleiras abarrotadas de bandejas com cortes de carne. Dante não se preocupava com variedade. Até agora.
Carne, carne e mais carne. Como era de se esper