— Não quero você como prisioneira na minha casa — ele diz, ignorando a pergunta dela. — Mas também não posso deixá-la voltar pra sua. Pelo menos não ainda.
Celina ergue as sobrancelhas, um riso seco escapando antes das palavras.
— Ah, não pode? — ela cruza os braços. — Vai me manter aqui trancada por tempo indeterminado, então? Para quê? Como quer que eu acredite que você não é como aqueles lixos que me levaram contra minha vontade? Que me batem, me deixaram com fome, rasgaram minhas roupas assim como você fez poucos minutos atrás, me expondo contra a minha vontade, igual a eles?
Cada palavra dela é como ácido lançado contra ele. Por dentro, o lobo de Dante rosna em frustração, agitado com os sentimentos que as palavras despertam em sua parte humana.
A comparação que sua fêmea ousa fazer. Colocá-lo no mesmo patamar daqueles que a machucaram... é quase insuportável. Mas, ao mesmo tempo, seu lobo se encolhe. Porque sente. Sente que ela quer distância. Que o vê como um inimigo e não como