Damian levou Amélia até o escritório e fechou a porta atrás deles com cuidado. O ambiente era amplo, elegante, silencioso demais. Ele se sentou na poltrona de couro atrás da mesa e, com um gesto contido, indicou o sofá à sua frente.
Amélia obedeceu, sentando-se com as mãos entrelaçadas no colo.
— Me desculpa — Damian começou, a voz baixa, controlada demais para alguém que claramente não estava bem. — Você foi embora esta manhã e eu sequer consegui me despedir direito. Quando voltou, eu já tinha saído… — Ele respirou fundo. — E imagino que esteja se perguntando quem era aquela mulher.
— Damian… — Amélia falou com cuidado, sustentando o olhar dele. — Eu não acho que tenha o direito de questionar sua vida. Eu só… quero saber se você está bem.
Ele soltou um riso curto, sem humor algum.
— Você tem, sim. — levantou-se da poltrona de repente, apoiando as mãos na mesa. — Depois do que aconteceu entre nós, você tem o direito de saber até o saldo da minha conta bancária, se quiser.
Amélia arreg