— Então, o que o Davi, é seu...? Seu namorado, ficante ou um antigo cliente que você...
— Mikail começou, mas não terminou a frase.
Sem pensar, Sofia lhe acertou um tapa. O som seco ecoou no ambiente como um estalo que quebrou o silêncio carregado. O impacto reverberou não apenas na pele dele, mas no ar, deixando-o pesado, elétrico.
Mikail ficou imóvel por um segundo, os olhos fixos nela. O olhar dele era um misto de surpresa e algo perigoso, como se um vulcão estivesse prestes a entrar em erupção. Por um instante, ela achou que ele fosse devolver o tapa. Mas, para seu choque, ele fez o oposto: puxou-a bruscamente para seus braços e a beijou com uma intensidade avassaladora.
Era um beijo carregado de saudade, de desejo reprimido, de fúria e de tudo o que os consumia desde o início. As mãos dele prendiam sua cintura como se tentassem ancorá-la ali para sempre.
— Eu estava louco de saudades, sua onça brava — murmurou ele entre beijos, a voz rouca e carregada de emoção, o hálito qu