O lugar era mil vezes maior do que a primeira casa em que ela e a mãe haviam morado, depois que sua mãe conseguiu um emprego, se casou e foram viver com o padrasto.
Sofia voltou com a maleta de primeiros socorros, pegou antisséptico e um pedaço de algodão. Depois de lavar as mãos, sentou-se na beira da cama, ao lado dele, e aplicou no corte do canto dos lábios.
— Ai! Você tem a mão pesada pra uma baixinha tão delicada — reclamou ele.
— E você sentiu o peso, não foi? — retrucou, erguendo uma sobrancelha.
— Sim, e mereci. Me desculpe, Sofia. Mesmo que tenha sido prostituta, merece o meu respeito. Eu não sou preconceituoso. Eu estava louco de ciúmes e falei o que não devia pra te ferir. Eu sei que muitas vão para esse caminho porque não têm alternativa... às vezes são atraídas com falsas promessas de dinheiro fácil, que qualquer um vê que não é bem assim.
— Foi o caso da minha mãe ,quer dizer ela entrou porque não teve opção .— disse ela, com a voz mais baixa.
— Ela teve que se pr