No dia seguinte , o Silêncio no café da manhã era quase sufocante. O som dos talheres tocando nos pratos parecia mais alto do que deveria, ecoando pelo amplo salão iluminado pela luz suave que entrava pelas grandes janelas. Ninguém se olhava diretamente, e Sofia sentia o peso de todos aqueles olhares disfarçados, como lâminas que cortavam por dentro.
Ela observava, com um misto de desprezo e raiva, cada rosto sentado àquela mesa. Todos ali carregavam o mesmo sangue que ela — pelo menos em parte — e, ainda assim, pareciam tratá-la como uma intrusa, uma mancha que precisava ser escondida. Mas o que mais a irritava, o que mais queimava em seu peito, era Mikail.
Ele, que havia ousado brincar com ela, fazê-la acreditar que poderia confiar nele... e depois enganá-la como se fosse apenas um jogo.
Ludmila, sentada na ponta da mesa como a grande matriarca que acreditava ser, mantinha a postura ereta e o queixo levemente erguido, exalando superioridade. Foi ela quem rompeu o silêncio, com a