CAPÍTULO 105
Quando um Bastien acende as luzes do subsolo.
O elevador subia liso, sem ruído. Caio e Lucas entraram sozinhos. Assim que as portas se fecharam, Lucas abriu o notebook sobre o antebraço, os dedos correndo como lâminas.
— Fantasmas acionadas, irmão. — ele disse, sem erguer o olhar. — Câmeras em loop nos andares 3 ao 27. A cobertura fica só pra nós.
— Ótimo. Vamos pra nossa sala.
Lucas deixou escapar um riso breve.
— Caralho… ela ainda existe?
— Só eu tenho a chave, irmão. Nem papai sabia entrar. Lembra?
— Lembro. — Lucas mordeu um sorriso. — Teu velho era uma figura. Gostava de mim como filho… mas tinha medo de nós dois juntos.
As portas abriram no 21º. Em vez do corredor de carpete cinza, Caio tocou um painel liso à esquerda do elevador; a placa, aparentemente decorativa, recuou três centímetros. Um clique interno. Uma porta sem maçaneta deslizou para dentro, revelando um corredor estreito, escuro, com o ar frio de sala técnica. Eles entraram. A porta sumiu atrás dos dois