CAPÍTULO 52
Toscana. Roupões, silêncio, cheiro de fruta e saudade. E um amor aprendendo a respirar.
Os dois ainda estavam deitados, a respiração voltando ao ritmo lento. O lençol umedecido colado à pele. O edredom os cobria parcialmente, enquanto a brisa matinal já avisava que o sol viria quente.
— Acho que agora a gente pode vestir o roupão — Eduard falou baixinho, com a voz ainda rouca de prazer.
— Agora? — Alinna sorriu, preguiçosa. — Depois de deixar meu corpo tremendo por dentro?
— Ainda tá tremendo? — ele provocou, rindo.
— Um pouco… — ela disse, se virando de lado para pegar o roupão, completamente nua, sem pressa.
Ele vestiu o dele sem camisa, com a calça de moletom de antes, agora pendurada no ombro. Ela calçou os chinelos e ele carregou o restante da tralha: garrafa de vinho quase vazia, lençol molhado, taças esquecidas na grama.
Caminharam devagar de volta para a cabana.
A casa na Toscana parecia recém-acordada também. O silêncio reinava, e os tons de verde e dourado tomava