CAPÍTULO 56
Onde o vinho, a carne e o desejo se encontram em segredo.
Eduard saiu do banho e vestiu uma camisa preta de linho com os botões abertos no peito. A barba feita realçava o maxilar marcado, os cabelos ainda levemente úmedos. Se sentou à mesa com Alinna, que já estava ali com o rosto tranquilo, um vestidinho solto e descalça.
Comeram devagar. Pequenos risos, olhares trocados, a cumplicidade da noite anterior ainda vibrando no ar.
Depois, ele se levantou, pegou a carteira e a chave do carro.
— Vou dar uma saída, não me espere para o almoço.
— Não é sua lua de mel? Onde o senhor vai?
Ele sorriu com um brilho nos olhos.
— Surpresa. — Deu um selinho nela e saiu.
Por volta das 18h, Alinna ouviu a campainha. Abriu a porta. Um entregador sorriu e lhe entregou uma caixa preta com laço de cetim vermelho.
— Pra você, senhora Bastien.
— Obrigada.
Ela fechou a porta curiosa, levou a caixa até a sala e a abriu. Dentro, cuidadosamente dobrada, estava a lingerie da foto: preta, rendada, co