Mikhail Vasiliev
Fiquei alguns minutos sozinho no corredor depois que Ilya e Alena saíram. A casa parecia maior quando ela não estava nela. Estranho isso. Principalmente porque Alena só estava ali a pouquíssimas horas.
Puxei o celular do bolso, respondi algumas mensagens do Sergei, meu consigliere, e conferi o relatório que deixaram mais cedo na minha mesa. Três carregamentos chegaram sem nenhum problema. Tranquilo demais. Quando as coisas corriam tão bem assim, era porque vinha merda pela frente.
Desci para o escritório no térreo, que era minha espécie de bunker particular — porta reforçada, janelas blindadas, cofre atrás de um quadro cafona que minha irmã insistia em manter na decoração. Liguei o computador, entrei na central dos galpões e iniciei uma vídeochamada com Dimitri.
— Finalmente acordou, Vasiliev. — ele disse com aquele sotaque arrastado, e com um cigarro entre os dentes.
— Já levantei com problemas para resolver. Qual a novidade?
— Um dos caras do leilão escapou. Foi vis