Alena Petrova
Eu juro que não era uma pessoa paranoica… mas, depois do que ouvi atrás da porta do quarto, minha cabeça estava girando. Mikhail correndo pelo corredor, Ilya com aquela cara de “não faço ideia do que tá acontecendo”, e eu ali, com a sensação de que um filme de ação tinha começado e eu não tinha lido o roteiro.
E, claro, no meio de tudo, minha mãe.
Ela morava sozinha numa cidade pequena, tranquila… mas desde que minha vida virou um leilão humano e eu fui “comprada” (ou sequestrada, depende do ponto de vista), qualquer coisa podia acontecer. E se alguém fosse atrás dela?
A única coisa óbvia a fazer era entrar em contato. O problema? Eu estava na mansão do Mikhail, e tudo o que acontecia aqui era controlado mais do que a entrada de gente em camarim de boyband famosa.
Olhei para Ilya, que estava distraída olhando pela janela.
— Vou… ali pegar um copo d’água. — falei, com o tom mais inocente que consegui.
Ela nem olhou para mim.
— Tem água aqui na jarra.
— A