Capítulo 43

Mikhail Vasiliev

O portão da mansão se fechou atrás de nós, e Alena entrou primeiro. Eu fiquei do lado de fora, o telefone encostado no ouvido, ouvindo a voz grave do homem do outro lado da linha. Não era qualquer homem, não se usava aquele tom com Mikhail Vasiliev se não tivesse algo realmente sério para dizer.

— Estão de olho em você. — ele disse, sem rodeios. — E não é a polícia. Não é nenhum pequeno rival. É alguém… maior.

Minhas sobrancelhas se franziram.

— Maior, como?

Houve um silêncio curto, e isso sempre significava perigo.

— Maior no sentido de que, se esse alguém quiser, você deixa de existir.

Não gostei da escolha de palavras.

— Quem é?

— Ainda não sei. Mas você vai saber. Logo. — E desligou.

Fiquei parado por alguns segundos, encarando o chão de pedra da entrada. No mundo em que eu vivia, silêncio nunca era paz, era ameaça. Respirei fundo, guardei o celular no bolso e entrei.

Alena estava em algum lugar no andar de cima. Não chamei. Fui direto para o escritório.

A prim
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