Mikhail Vasiliev
O portão da mansão se fechou atrás de nós, e Alena entrou primeiro. Eu fiquei do lado de fora, o telefone encostado no ouvido, ouvindo a voz grave do homem do outro lado da linha. Não era qualquer homem, não se usava aquele tom com Mikhail Vasiliev se não tivesse algo realmente sério para dizer.
— Estão de olho em você. — ele disse, sem rodeios. — E não é a polícia. Não é nenhum pequeno rival. É alguém… maior.
Minhas sobrancelhas se franziram.
— Maior, como?
Houve um silêncio curto, e isso sempre significava perigo.
— Maior no sentido de que, se esse alguém quiser, você deixa de existir.
Não gostei da escolha de palavras.
— Quem é?
— Ainda não sei. Mas você vai saber. Logo. — E desligou.
Fiquei parado por alguns segundos, encarando o chão de pedra da entrada. No mundo em que eu vivia, silêncio nunca era paz, era ameaça. Respirei fundo, guardei o celular no bolso e entrei.
Alena estava em algum lugar no andar de cima. Não chamei. Fui direto para o escritório.
A prim