Mikhail Vasiliev
Nunca fui fã de aparições públicas. Detestava flashs, jornalistas e toda essa encenação de elite, mas hoje? Hoje era necessário. Não para agradar a sociedade, nem convencer ninguém de que eu era um homem reformado — até porque quem acreditava nisso, não sobrevivia muito tempo nesse mundo. Mas, sim, para deixar um recado claro, direto e escancarado: ela agora era minha.
A mídia podia até ver um conto de fadas. O submundo, porém, veria um aviso: “Não encostem nela”.
— Alena, segura direito esse copo, por favor. Não quero você aparecendo nas manchetes como a noiva bêbada do mafioso. — murmurei, enquanto ela tentava equilibrar uma taça de champanhe e um pratinho com canapés, com os olhos arregalados para o jardim lotado de gente importante.
Ela me olhou como se eu tivesse ofendido sua honra.
— Eu não estou bêbada. — sussurrou, dramática, como sempre. — Só nervosa. Você tem ideia de quantas câmeras tem aqui?
— Todas. Porque é isso que eu quero.
Ela bufou, tentando parecer