Alena Petrova
Acordei com o corpo ainda leve, mas a mente cheia. Na verdade, não tinha dormido direito. A cena da noite anterior se repetia como um filme na minha mente. E depois... nada. Ele saiu como se nada tivesse acontecido.
Toquei os lábios sem pensar. Ainda estavam sensíveis, mesmo que ele não tivesse me beijado. Odiava admitir, mas eu queria que ele tivesse me beijado.
Pensando bem, nem eu mesma sabia o que queria. Nunca tinha beijado, não fazia nem mesmo ideia de como se fazia isso. Tudo o que sabia vinha de conversas às escondidas entre as meninas que viviam comigo no convento. Revistas que, de alguma forma, elas conseguiam, e escondiam para que a Madre não encontrasse.
Mas algo que eu tinha certeza era: eu sabia o que estava sentindo, e parecia ansiar por ser tocada pelo Mikhail cada vez que ele chegava perto.
Ilya entrou no quarto sem bater, cheia de energia e interrompendo meus mil e um pensamentos de uma garotinha que começava a conhecer os prazeres do mundo.
— Anda, Ci