Alena Petrova
Até tentei fazer o almoço, mas depois da minha tentativa frustrada, na qual acabei me machucando um pouco, Mikhail ordenou que Olga viesse terminar o serviço.
Eu era um tremendo desastre ambulante.
Mas ao menos, todos comemos uma comida boa — não feita por mim, claro.
(...)
O corredor lateral da casa de Mikhail sempre me pareceu mais sombrio do que os outros. Talvez fosse por causa das luzes baixas ou pelo silêncio pesado que pairava ali, como se escondesse histórias demais entre aquelas paredes. Eu só queria esticar as pernas e espairecer depois daquele jantar, mas bastou dar mais alguns passos para que algo me fizesse tropeçar.
Caí de joelhos no chão de madeira, soltando um suspiro abafado de frustração. Quando olhei para trás, esperando ver algum tapete dobrado ou fresta de madeira fora do lugar, encontrei uma tábua um pouco mais alta do que as outras. Me aproximei e pressionei os dedos sobre ela. Cedeu.
O que tinha ali?
Com cuidado, puxei a borda da tábua. Estava sol