Isaac Queiroz
Quando conheci Atena, eu tinha uns quinze anos. Era novo na cidade, tentando me adaptar, meio perdido. Ela surgiu de repente, como um furacão, com aquele jeito decidido e uma energia difícil de ignorar. Logo percebi que Atena e sua irmã gêmea, Artemis, eram opostas em quase tudo. Atena era inquieta, cheia de ideias mirabolantes e carregava uma autoconfiança que me intimidava, mas que também me atraía. Artemis, por outro lado, era mais calma, mas acompanhava a irmã em todas as loucuras.
Uma coisa que as duas compartilhavam era uma paixão quase fanática por uma banda chamada Iron Vortex. Atena falava deles como se fossem a coisa mais importante do universo. Lembro-me de uma vez em que ela me arrastou para um show da banda sem nem me perguntar se eu queria ir. No final, acabei rindo e curtindo ao vê-las cantar com tanta paixão, cada palavra, como se estivessem em um transe.
É engraçado pensar que, tantos anos depois, Ellah, a sobrinha de Atena, acabou sendo filha de um dos