A manhã começou com Leonardo Vasquez invadindo o estúdio como uma tempestade, com sua energia caótica de sempre. Ele parecia estar fervendo de animação, algo que geralmente significava trabalho dobrado para mim e uma dor de cabeça esperando para acontecer.
— Lukke! — gritou ele, batendo as mãos com força exagerada em meus ombros. — Essa sua nova música é uma obra-prima, garoto! Uma obra-prima!
Revirei os olhos, mas sorri. Ver alguém tão animado com meu trabalho era gratificante, mesmo quando a pessoa era Leonardo, com sua mania de transformar tudo em um negócio milionário.
— Obrigado, Leo. Fico feliz que você tenha gostado.
Ele quase saltou da cadeira de excitação.
— Gostado? Você está brincando comigo? Isso vai explodir as paradas! Temos que gravar isso hoje mesmo. Agora!
— Calma, pançudo — brinquei, rindo. — É só uma música.
— Só uma música? — Ele me olhou como se eu tivesse insultado sua mãe. — É a música, Lukke! Agora, me diga, quando você vai terminar esse álbum?